O ESPÍRITO NO ESPAÇO, OU PLANO PLANO ASTRAL
O artigo abaixo dá uma ideia sobre o que ocorre com os espíritos desencarnados, bem melhor que a ideia passada pelas religiões tradicionais.
Mas ainda está incompleto em alguns pontos, que acho importante ressaltar.
Os espíritos não vivem no espaço. Vivem no chamado Plano Astral. Cada planeta tem o seu próprio Astral, portanto os desencarnados da terra, a menos de casos de emigração post mortem, vão para o Astral da terra e ficam vivendo lá até a próxima encarnação.
Numa analogia bem simplória, podemos dizer que o Plano Astral é uma sutilização do Plano Físico, que vibra numa frequência bem mais elevada e portanto, mais sutil. Se aqui a luz alcança cerca de 300.000 k/s,astral está velocidade é muitas vezes maior.
As propriedades da matéria do Plano Astral diferem bastante da matéria do Plano Físico. Uma das principais é que não tem força gravitacional. Esta diferença permite aos desencarnados "volitarem" em velocidades variadas e no limite, quando o espírito desencarnado o desejar, na velocidade do pensamento, ou seja, em tempo zero, independente da distância a ser percorrida. Neste caso, o mais apropriado seria dizer que o espírito desmaterializa seu corpo astral onde está e o rematerializa no lugar onde pretende ir.
No Astral existe tecnologias também, mas muito diferentes das tecnologias do Plano Físico. Exemplo: para os espíritos que ainda não estão em condições de volitarem, existem equipamentos em forma de "ônibus especiais" ou "Aerobus" para transportá-los.
O ESPÍRITO NO ESPAÇO
O Espírito está revestido de um invólucro a que chamamos Perispírito. Esse corpo é formado pelo fluido universal terrestre, isto é, pela matéria sob a sua forma primordial. A união entre o corpo e a alma pode ser comparada a uma combinação. Quando essa combinação se desfaz, o que sucede na ocasião da morte, a alma desprende-se com o seu invólucro espiritual, que é indecomponível, pois que é composto pela matéria em sua forma inicial, e conserva as suas propriedades, como o oxigênio que, saindo de uma combinação, nada perdeu de suas afinidades. Nesse estado, o corpo espiritual, segundo a expressão de São Paulo, tem sensações que nos são desconhecida na Terra e que lhe devem propiciar gozos muito superiores aos que experimentamos aqui.
A Ciência ensina-nos que os nossos sentidos apenas nos fazem conhecer ínfima parte da natureza, porém que, além e aquém dos limites impostos às nossas sensações, existem vibrações sutis, em número infinito, que constituem modos de existência de que não podemos formar ideia, por falta de palavras para exprimi-la.
A alma assiste, pois, a espetáculos que não temos meios de descrever: ouve harmonias que nenhum ouvido humano tem apreciado, move-se em completa oposição às condições de viabilidade terrestre. O Espírito libertado das cadeias do corpo não tem mais necessidade de alimentar-se, não se arrasta mais pelo solo: a matéria imponderável de que é formado permite-lhe transportar-se para os mais longínquos lugares com a rapidez do relâmpago, e, segundo o grau do seu adiantamento moral, suas ocupações espirituais afastam-se mais ou menos das preocupações que nutria na Terra. Não se pode mais negar a existência do corpo espiritual, porque experiências diretas permitiram-nos estudar a sua natureza e o seu modo de condensação.
Vimos, nas experiências de Crookes e de Aksakof, esse corpo espiritual ir revestindo aos poucos os caracteres da matéria, e as moldagens mostram-nos que ele é rigorosamente idêntico ao que o Espírito tinha na Terra.
Uma simples analogia pode, senão explicar, ao menos ajudar a compreender o que se dá em tal caso:
a) O perispírito pode ser comparado a um eletroímã;
b) O corpo, ao espectro magnético;
c) A vida, à eletricidade.
Enquanto o fluido elétrico não circula, não há espectro, o eletroímã fica indiferente: eis um estado análogo ao do perispírito no espaço; ele contém, virtualmente, em si, todas as linhas que formam o organismo, mas não as dispõe. Logo que a corrente circula no eletroímã, a limalha acomoda-se, seguindo uma certa ordem, e forma esse desenho a que chamamos espectro magnético; do mesmo modo sucede com o perispírito: sob a influência do fluido vital subtraído ao médium, ele acomoda a matéria, conforme o desenho do organismo, e reproduz o corpo humano, como este era na vida terrena.
O perispírito, se bem que formado de matéria primitiva, é mais ou menos livre de misturas, conforme o mundo habitado pelo Espírito. Essa observação nos conduz ao assinalamento do verdadeiro lugar que ocupamos no Universo.
Uma verdade que a Astronomia hoje tornou vulgar é a de não ser o nosso mundo o centro do Universo; segundo ela, a nossa pequena Terra é um dos planetas mais pobremente dotados do sistema solar. Nada, em seu volume ou na posição da sua eclíptica, da qual resultam as estações, lhe dá o direito de orgulhar-se do lugar que ocupa, e, não muito longe de nós, o planeta Júpiter oferece-nos o exemplo de condições de habitabilidade preferíveis às nossas.
Com esses conhecimentos que fazem das estrelas sóis como o nosso, em cujo redor circulam planetas, caíram os erros seculares dos nossos avós, segundo os quais o inferno achava-se colocado no centro da Terra, e o terceiro céu, aquele aonde foi elevado São Paulo, distava nos confins da criação. Esses dados cosmológicos baseavam-se na ignorância dos teólogos a respeito das verdadeiras proporções do Universo.
Quando a Ciência, com a inexorável lógica dos fatos, abriu aos nossos olhos atônitos e deslumbrados as perspectivas ilimitadas do Infinito, quando a Astronomia projetou o seu telescópio para os espaços siderais, as velhas lendas evaporaram-se ao sopro da realidade. Os mundos que povoam o Universo são terras como a nossa, sobre as quais palpita a vida universal, e o homem moderno ri das pretensões infantis dos nossos antepassados, que quiseram limitar a este imperceptível grão de areia, chamado Terra, as manifestações da força infinita, incriada e eterna, a que se dá o nome de Deus.
Se, porém, o céu não existe no lugar em que o indicavam, para onde foi ele transportado? Em que região do imenso Universo devemos colocar o éden de delícias prometido às almas que cumpriram aqui dignamente a sua missão? Eis o que nenhuma religião indica, e somente o Espiritismo, demonstrando o verdadeiro destino do homem, põe-nos no estado de compreender o progresso indefinito do Espírito, por transmigrações sucessivas. Tomando por ponto de partida os atributos de Deus e a natureza do homem, Allan Kardec mostrou qual devia ser o nosso futuro espiritual. Vamos, resumindo, expor-lhe a teoria.
O homem é composto de Corpo e Espírito; o Espírito é o ser principal, o ser racional e inteligente; o Corpo é o invólucro material que o Espírito reveste temporariamente para o cumprimento da sua missão na Terra e para a execução do trabalho necessário ao seu adiantamento. O corpo, quando gasto, é destruído, mas a alma sobrevive a essa destruição. Em suma, o Espírito é tudo, e a matéria não é mais que um acessório, de modo que a alma, libertada dos laços corporais, entra no espaço, que é a sua verdadeira pátria.
Há, pois, o mundo corporal, composto de Espíritos encarnados, e o mundo espiritual, formado pelos Espíritos desencarnados. Os seres do mundo corporal, em virtude do seu invólucro material, estão presos à Terra ou a outro globo qualquer; o mundo espiritual está por toda parte, ao redor de nós e no espaço; ele é ilimitado. Como o dissemos, em razão da sua natureza fluídica, os seres que o compõem têm um modo de vida particular, dependente do seu organismo imponderável.
Os Espíritos são criados simples e ignorantes, mas com aptidão para adquirirem tudo e progredirem em virtude do seu livre-arbítrio. Pelo progresso, adquirem novos conhecimentos, novas faculdades e, por consequência, novos gozos desconhecidos aos Espíritos inferiores; veem, ouvem, sentem e compreendem o que os Espíritos atrasados não podem ver, ouvir, sentir e compreender. A felicidade está na razão direta do progresso feito; de modo que, de dois Espíritos, um pode não ser tão feliz quanto o outro, unicamente por não ser tão adiantado intelectual e moralmente, sem que tenham necessidade de achar-se cada um em lugar diferente.
Achando-se mesmo ao lado um do outro, pode um estar em trevas, quando tudo é resplandecente ao redor do outro, exatamente como se dá com um cego caminhando ao lado de uma pessoa que vê perfeitamente; um percebe a luz, ao passo que a outra nenhuma impressão tem a esse respeito. Sendo a felicidade dos Espíritos inerente às qualidades que possuem, eles a gozam onde quer que estejam: na superfície da Terra, no meio dos encarnados ou no Espaço.
É fácil compreender que o organismo fluídico seja mais ou menos apto para perceber as sensações, conforme o Espírito for mais ou menos grosseiro. Sabemos que as paixões más viciam o invólucro perispiritual, do mesmo modo que as enfermidades corrompem a carne terrena; visto isso, existe para os seres desencarnados uma recompensa proporcional à soma de virtude que eles adquiriram.
Na Terra, acontece, muitas vezes, ficarmos cheios de admiração à vista das maravilhosas perspectivas de um radiante ocaso do Sol ou de uma aurora esplêndida; mas, que são esses matizes de luz ao lado das inumeráveis vibrações fluídicas que, sem cessar, se cruzam no espaço e que dão àqueles que as testemunham os mais inefáveis gozos! Uma comparação vulgar fará melhor compreender essa situação:
Se num concerto se acharem dois homens, um deles bom músico, de ouvido educado, o outro sem conhecimentos musicais e de ouvido pouco delicado: o primeiro experimenta uma sensação de agrado, ao passo que o outro fica insensível; porque um compreende e percebe o que nenhuma impressão causa ao outro. O mesmo se dá em relação a todos os gozos dos Espíritos; eles são proporcionais à aptidão que estes têm para senti-los.
O mundo da erraticidade tem por toda parte esplendores e harmonias que os Espíritos inferiores, ainda dominados pela matéria, nem mesmo entreveem, e que somente são acessíveis aos Espíritos purificados.
O Espiritismo ensina que a nossa situação, na vida de além-túmulo, é a resultante do nosso estado moral e dos esforços que fizermos para nos elevarmos no caminho do bem. Podemos trabalhar em nosso adiantamento espiritual, com atividade ou negligência, segundo o nosso desejo, mas também os nossos progressos são apressados ou retardados, e, por consequência, a nossa felicidade aproxima-se ou afasta-se segundo a nossa vontade.
Os Espíritos são os próprios construtores do seu futuro conforme o ensino do Cristo: "A cada um segundo as suas obras." Todo Espírito que ficar demorado em seu progresso somente de si próprio deverá queixar-se, do mesmo modo que aquele que se adiantar tem todo o mérito do seu procedimento: a felicidade que ele conquistou tem por esse fato mais valor aos seus olhos.
A vida normal do Espírito efetua-se no espaço, mas a encarnação opera-se numa das terras que povoam o Infinito; esta é necessária ao seu duplo progresso, moral e intelectual: ao progresso intelectual, pela atividade que ele é obrigado a desenvolver no trabalho; ao progresso moral, pela necessidade que os homens têm uns dos outros.
A vida social é a pedra de toque das boas e das más qualidades. A bondade, a malvadeza, a doçura, a violência, a benevolência, a caridade, o egoísmo, a avareza, o orgulho, a humildade, a sinceridade, a fraqueza, a lealdade, a má-fé, a hipocrisia, em uma palavra, tudo o que constitui o homem de bem ou o homem perverso tem por móvel ou por incentivo as relações do homem com os seus semelhantes; aquele que vivesse só não teria vícios nem virtudes, porque, se, pelo isolamento, ele se preserva do mal, anula, com isso, o bem. Uma só existência corporal é manifestamente insuficiente para que o Espírito possa adquirir tudo o que lhe falta de bem, e despojar-se de todo o mal que em si exista.
O selvagem, por exemplo, não poderá numa só encarnação atingir o nível moral do europeu mais adiantado. Isso lhe é materialmente impossível. Deverá ele, portanto, ficar eternamente na ignorância e na barbárie, privado dos gozos que só lhe podem vir com o desenvolvimento de suas faculdades? O simples bom senso repele tal suposição, que seria, ao mesmo tempo, a negação da justiça, da bondade de Deus e da lei progressiva da Natureza.
SITE: COMUNIDADE ESPÍRITA
Pesquisa e Estudo: Gilberto Kin
SOMOS LUZ UNIDADE & PAZ PROFUNDA
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