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segunda-feira, 20 de março de 2017

O SOL DA ATENÇÃO Dez Aspectos De Um Esforço De Longo Prazo / GALERIA DA LUZ



O SOL DA ATENÇÃO
Dez Aspectos De Um Esforço De Longo Prazo.



1. O Poder da Vontade Interior

É necessário ter força de vontade acumulada para trilhar o Caminho. Recomenda-se ficar algum tempo a sós todos os dias, em silêncio, pensando estavelmente nas dimensões mais elevadas da vida.  


A força de vontade é uma forma de magnetismo.  Ela se acumula de modo quase imperceptível enquanto tentamos repetidamente fazer o melhor. Ela se expande  também à medida que obstáculos e desafios são enfrentados com uma atitude positiva.


Quando alguém pretende estudar teosofia ou trilhar o Caminho, o conjunto do magnetismo da rotina estabelecida necessita ser rompido.  E nada é melhor que isso para desenvolver a força de vontade: porque não é fácil romper a complexa teia de aranha de rotinas interdependentes.


Nos planos físico, emocional e mental, a rotina trata de “defender-se” de todas as formas, diretas e indiretas, previsíveis e imprevisíveis.  A luta é em grande parte subconsciente, especialmente no início da caminhada.  E por estranho que pareça uma das principais formas de rotina a serem desmascaradas e destruídas é a busca de novidades.  A perseverança e a determinação permitem romper o círculo da imobilidade sutil.


Quando a vontade interna e elevada começa a se impor à lógica cega das circunstâncias oscilantes, a vida do estudante de filosofia passa a tomar um rumo próprio, e o tempo, visto como um recurso natural, passa a ser usado com eficiência.


Então o estudante percebe melhor o fato de que há um tempo para cada coisa. Há um momento para tentar, e há um momento para conseguir.  E quando algo é conseguido, isso apenas leva o caminhante a um novo patamar de tentativas mais avançadas.  


A vontade permeia o mundo e sustenta tudo o que há. O caminho da sabedoria consiste em desenvolver uma vontade elevada, que opera no plano da inteligência universal e obedece conscientemente a três leis: 


1) A lei do carma;
2) A lei da unidade de tudo o  que há; e
3) A lei dos ciclos, que inclui a lei da reencarnação.   

Estas três leis são, na verdade, aspectos da Lei Una e Universal.


2. Como Brilha o Sol da Atenção


O caminho não é linear. Cada caminhante deve combinar da maneira mais correta possível o bom hábito estabelecido com a inovação inesperada; a estabilidade com a transcendência; a firmeza com a flexibilidade.
O que permite ao peregrino combinar inteligentemente fatores tão distintos e tão opostos é a Atenção. Cabe observar a unidade e a diversidade.


Estar Atento, teosoficamente, não é um verbo transitivo. Não se trata, no plano mais profundo, de estar atento a isso ou aquilo. O desafio é estar atento como verbo intransitivo. Estar atento, apenas.  Atento ao Todo, atento ao Nada, atento ao Silêncio, e não atento a alguma coisa. Porque o vazio e o nada incluem cada aspecto da realidade, e todos eles ao mesmo tempo.

  
A atenção ultrapassa as circunstâncias. A atenção produz força de vontade, mas também se pode dizer que a força de vontade produz a atenção.


Qualidades como firmeza e criatividade são aptidões diferentes e opostas que permitem responder aos variados desafios criados pela maré oscilante da vida. O dia-a-dia incerto é governado pela Lua em grande parte.


A Atenção correta ultrapassa toda maré. Ela nos permite transcender qualquer circunstância particular, e também todas as oscilações do oceano da vida. A Atenção interna é uma função do Sol, o ponto central em nosso sistema solar. O eixo da roda da existência.


A luz da compreensão é imparcial. Ela não se altera com os processos cíclicos. Ela não conhece apego nem o seu oposto. A luz do sol, como o Logos, brilha para todos. Ela ilumina e inspira a cada indivíduo conforme o seu Carma. Ela é percebida na vida de cada um conforme o seu Dharma, ou natureza essencial.  Como a luz do sol, a atenção correta flui nas mais diferentes  direções sem fazer ruído.


3. Os Erros Passam, as Lições Permanecem


Os aspectos intelectuais e culturais da caminhada têm sua importância, mas não são suficientes. O estudante deve avançar pela estrada da teosofia original desenvolvendo por mérito próprio o autoconhecimento, o autorrespeito e o autocontrole.  


Ao olhar para as dificuldades diante de si, o estudante poderá perguntar-se se irá vencê-las algum dia. O próprio fato de se fazer esta pergunta mostra que ele tem em si a semente da vitória.  O mistério e a chave da sua capacidade de vencer estão no prazo. Ninguém trilha o caminho em um final de semana. 


Trinta ou quarenta anos podem passar sem avanços espetaculares, e não há nada de errado nisso. A vitória não pertence ao eu inferior. Cada passo dado no Caminho Correto é válido em si mesmo, trazendo um alívio imediato e uma lição de valor permanente.


O efeito de cada lição permanece para as vidas futuras.  Cedo ou tarde, os erros são corrigidos. E toda ação correta, uma vez que seja sólida, se incorpora ao acervo imortal do eu superior.  


4. As Três Iogas da Teosofia

Ser teosofista é uma coisa, e ser membro do movimento teosófico é outra. Há membros do movimento teosófico que não são teosofistas, e há teosofistas que não são membros do movimento teosófico.


Teosofista é aquele que, dentro das suas possibilidades, age de acordo com o ideal do autoaperfeiçoamento altruísta.  O buscador da verdade é humano e imperfeito, mas ele se autoaperfeiçoa. Ele sabe que é um ser em construção. Ser um teosofista consiste em tentar o melhor, e essa não é uma realidade vitalícia assegurada. Consiste apenas em um direito cármico a ser testado e confirmado a cada dia. 


Pelo fato de fazer parte do movimento teosófico, o estudante tem acesso a incentivos e instrumentos mais eficazes no esforço de longo prazo que deve ser renovado a todo momento.  


O processo de ratificação constante do ato de ser teosofista  traz desafios diários, e eles ocorrem quase sempre quando e onde menos se espera.  
Os testes são imprevisíveis tanto no tempo como no espaço (incluindo-se o espaço psicológico). Para enfrentar e vencer tais desafios, é correto combinar a prática de três iogas: 


A) A primeira delas é a Jnana Ioga - a ioga do estudo, da compreensão e da contemplação das verdades universais. Estas verdades são processos vivos.


B) A segunda ioga é a Raja Ioga. Esta é a ioga do autoconhecimento, do autocontrole, do autorrespeito e da autorresponsabilidade.
C) A terceira ioga  é  a mais externamente dinâmica das três.  Trata-se da  Carma Ioga, a ioga da ação altruísta, do trabalho solidário, e do esforço por construir um movimento teosófico e filosófico autêntico. A tarefa é partilhar  com um número significativo de pessoas a Oportunidade Cármica de alcançar alguma sabedoria.   


As três iogas são igualmente indispensáveis e cada uma delas alimenta às outras duas.  
A Contemplação das Verdades Universais,  o Autocontrole Responsável  e  a  Ação Altruísta são os três lados de uma pirâmide essencial.  A base da pirâmide da alma de um aprendiz é a sinceridade consigo mesmo, mas uma boa dose de renúncia às ilusões é também indispensável ao alicerce. 


Os três lados da pirâmide da alma se encontram no alto. 
Deste modo, o estudante fica melhor equipado para lidar com o fato de que ser teosofista é  um processo aberto a erros e acertos e portanto probatório. É algo que está em constante movimento. Não é em momento algum uma certeza fossilizada, mas apenas uma possibilidade viva e  desafiadora.  


5. Potencialidades Diante de Cada Estudante

Os mesmos obstáculos que paralisam um indivíduo desanimado são fatores estimulantes para aquele que confia em si. As facilidades que permitem a alguém o descanso necessário produzem, em outro indivíduo, os exageros da preguiça e da falta de vigilância.


As críticas talvez derrotem o fraco,  mas fortalecem ainda mais aquele que tem força interior. Os aplausos podem estimular corretamente uma pessoa, enquanto tiram a clareza mental e o bom senso de outra.
Assim, não interessa tanto o material que a vida coloca diante de nós. 


O fator mais importante é aquilo que decidimos fazer em relação às circunstâncias. Cabe observar de que modo olhamos para a vida, como interpretamos os fatos e a nossa maneira de lidar com as possibilidades ao nosso dispor.


6. Reexaminando a Realidade

Coisas óbvias precisam ser redescobertas a cada passo.
A  plena atenção é circular. Abrange tudo ao nosso redor, incluindo o que é familiar para nós, e o que não é.  


É fácil estar atento em relação a aquilo que nós sabemos que não sabemos. Mais difícil é prestar atenção ao que pensamos que sabemos.
Há várias razões práticas pelas quais esse axioma é decisivo. Numa fração de segundo, aquilo que parece desconhecido pode ser adivinhado pela intuição. 


E o que parece conhecido pode mudar subitamente, derrubando velhas certezas e convicções inquestionáveis.  


A estabilidade interior - dada pelo contato com nossa própria consciência - permite olhar com  Atenção e Desapego o mundo sempre mutável que nos rodeia.   


7. Aquilo Que Não Oscila

O desvio do caminho raramente se apresenta com a aparência de desvio.
Ele tem o hábito de apresentar-se como o mesmo caminho, apenas mais fácil; o mesmo caminho, apenas melhor e mais brilhante; o mesmo caminho, mas mais interessante. Ele também se apresenta como um pequeno desvio, quando é um desvio profundo;  ou como um breve momento de descanso, quando é a porta que leva ao sofrimento e à derrota.


Avançando em meio a grande número de falsas luzes, a perseverança no caminho é obrigada a vestir a aparência externa de coisa desagradável e sem atrativos. A curto e médio prazo, ela parece uma renúncia, e até uma derrota.
Tapah, austeridade, é necessária para que o peregrino aja com coerência.


Mil vezes aquele que persevera será visto, rotulado e desprezado como um fracassado insignificante. Em algumas ocasiões será aplaudido, mas se quiser vencer não poderá alterar o rumo dos seus passos em função de vaias ou elogios.  Ele deve ouvir sua consciência.
Por que motivo, então,  a vida tem tantos altos e baixos? 
A resposta é simples. Os altos e baixos da vida existem para que o peregrino aprenda a localizar em seu próprio interior aquilo que não oscila.


8. A Intuição é Inseparável da Razão

O uso correto das palavras é uma função meditativa. Ela depende da capacidade de ouvir a voz sem palavras do eu superior. É no silêncio da mente que percebemos a melhor maneira de usá-las.


Razão não é sinônimo de raciocínio. A Razão transcende o pensamento. Ela usa as ideias  como instrumentos para expressar-se. A razão é uma proporção, um equilíbrio, e uma  relação harmônica entre fatores em movimento. Constitui  uma função geométrica, matemática e pitagórica que tende  à perfeição do todo.
Ela ocorre antes do pensamento, tanto quanto durante e depois dele.  Embora inspire a produção de ideias, a Razão nunca está presa a elas.  


A palavra “Intelecto”,  originalmente, também se refere ao eu superior. Razão e Intelecto distinguem a humanidade e são a Chama Divina que, vinda do alto, resgatou nossa evolução. Cabe a nós reconhecer o fogo da consciência como sagrado. Nossa mente é um Templo, e deve ser respeitada como tal.  


O pensamento lúcido não é distorcido por emoções animais de medo ou ambição. Tiradas as nuvens do eu inferior, o pensamento brilha como um raio de sol no céu da mente. As limitações não estão no pensamento em si, mas nos blocos de sentimentos pessoais que o perturbam.     


A intuição eficaz  transcende a premonição da alma animal e está ligada à Razão e ao Pensamento, porque vem do eu superior. Antes que uma decisão sábia possa ser tomada, a percepção intuitiva deve ser testada no plano racional.  O relâmpago da intuição deve esperar, sempre que possível, pelo exame crítico do pensamento. Por outro lado, a intuição não pode ser buscada. 


Deve surgir de dentro para fora, naturalmente e no seu momento próprio.  Não é possível tê-la como uma meta em si mesma, se o peregrino pretende ter contato real com aquela  verdade que transcende os cinco sentidos e a imaginação subconsciente.  


A filosofia esotérica leva o peregrino a adotar uma visão universal da vida e a transferir o foco médio da consciência para buddhi-manas, a camada superior da mente que produz ideias cuja substância é imortal.  


As ideias teosóficas são essencialmente imperecíveis. O estudo de temas como a lei do carma, a lei da analogia, a reencarnação, e a unidade de todos os seres era algo perfeitamente válido há um milhão de anos, e estará atualíssimo nos próximos 200 mil anos. Assim, ao estudar teosofia, não só melhoramos a qualidade de vida da encarnação atual, mas também tornamos mais fáceis as tarefas das próximas etapas da evolução.  


O plano mental superior transcende a morte e flutua acima dos ciclos físicos: no seu território abençoado, a verdadeira intuição ocorre sem que seja necessário “buscar por ela”.  


9. O Som dos Pensamentos

Ponto culminante dos Vedas hindus, os Upanixades dão uma importância extraordinária aos mantras.  A força dos mantras é inquestionável em teosofia, e Helena Blavatsky escreveu que sua vida foi salva mais de uma vez por um sábio dos Himalaias através do uso deles.
No entanto,  a utilização consciente do poder dos mantras é apenas um aspecto da questão. Há também um poder mântrico presente em cada som emitido a qualquer momento por todo indivíduo - sábio ou ignorante - e do qual quase sempre pouco ou nada se sabe.
               
Os seres humanos captam fisicamente somente uma certa faixa vibratória de sons. Abaixo disso temos os infrassons. Acima dessa faixa, há os ultrassons.  Mas os sons também têm vários outros níveis de sutileza e densidade, muito além das vibrações do plano físico, sejam estas perceptíveis ou não para o atual ouvido humano.  


O nosso pensamento flui como um nível subjetivo de som.  Pensar é “ouvir”  mentalmente a nossa própria voz. Quando lemos um livro, “ouvimos” a voz do  autor, ou a nossa própria, como leitores.  
Os pensamentos têm sempre um magnetismo emocional, cuja intensidade varia. Por isso podemos dizer que os “sons” dos pensamentos que emitimos existem também no plano das emoções.


Os pensamentos elevados possuem uma dimensão de mantras, especialmente quando apontam para uma direção constante e definida. Quando dizemos que os pensamentos elevados têm um poder que lhes é próprio, estamos afirmando, de certo modo, que pensar espiritualmente - isto é, pensar a partir do ponto de vista da alma imortal -   é como emitir mantras Pensar espiritualmente produz  sons mentais a partir do centro de paz ativa que existe em nossa consciência: os sons do silêncio interior, da justiça e do equilíbrio.


Deste modo flui o mistério do altruísmo. O som que vibra coerentemente em todos os níveis - não estando limitado ao plano físico - é magia. Há nele uma pureza ou singularidade de propósito.  Ele deve ser tratado cuidadosamente, e com um sentido de responsabilidade.


10. Os Sete Níveis de um Mantra

O uso de sons cuja frequência está em harmonia com a  lei do universo purifica ambientes e melhora o estado da aura individual.  A boa música clássica é um exemplo disso, entre outros.


A utilização correta de sons físicos deve ser feita levando em conta que o som é setenário. Como todas as coisas da natureza, a vibração sonora ocorre em sete níveis ou planos de realidade.  Para exemplificar o processo de modo muito simplificado, podemos dizer que o  silêncio físico permite perceber a substância do som e do silêncio tal como ocorrem no plano  imediatamente superior, das emoções.  


O silêncio emocional, por sua vez, permite perceber a natureza do som e do silêncio no plano imediatamente acima, da mente.   O silêncio mental e emocional combinados permitem perceber a música das esferas, a voz do silêncio, o eu superior, a alma  supraconsciente.


Naturalmente, esta é apenas uma visão parcial: na verdade todos os planos de realidade interagem entre si o tempo inteiro, de maneira múltipla e de acordo com o Carma.


O poder curativo de alguns mantras se deve ao fato de que, como eles são setenários, eles atuam também no nível do segundo princípio da consciência, Prana, e do terceiro princípio, Linga-Sharira,  que se relacionam com a saúde física. Um bom mantra faz com que as energias vitais se harmonizem nos vários níveis, produzindo um equilíbrio e um bem-estar que se irradiam para o plano físico.


O pensamento correto é sincero e elevado, e funciona como um mantra que gera paz em diferentes dimensões da vida.  


Porém, o pensamento acertado não surge por acaso.  O peregrino chega a ele gradualmente através de um aprendizado probatório. Os seus graus mais elevados podem ser alcançados algumas encarnações depois de iniciado um  esforço consistente.  


Neste projeto de longa duração, cada pequeno passo assegura ao peregrino uma certa quantidade de percepção e de liberdade.  A cada momento, os ganhos imediatos em autoconhecimento e autolibertação são mais do que suficientes para revelar que  a longa e íngreme jornada vale a pena.
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Carlos Cardoso Aveline



Veja aqui um vídeo de um minuto, produzido pelos nossos websites associados: 



Fonte: http://www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=878#.Vwb_HJwrIts


 Pesquisa e EstudoGilberto Kin 




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SOMOS LUZ UNIDADE & PAZ PROFUNDA



O ESPÍRITO NO ESPAÇO, OU PLANO PLANO ASTRAL / DESPERTAR


O ESPÍRITO NO ESPAÇO, OU PLANO PLANO ASTRAL


O artigo abaixo dá uma ideia sobre o que ocorre com os espíritos desencarnados, bem melhor que a ideia passada pelas religiões tradicionais.

Mas ainda está incompleto em alguns pontos, que acho importante ressaltar.

Os espíritos não vivem no espaço. Vivem no chamado Plano Astral. Cada planeta tem o seu próprio Astral, portanto os desencarnados da terra, a menos de casos de emigração post mortem, vão para o Astral da terra e ficam vivendo lá até a próxima encarnação.

Numa analogia bem simplória, podemos dizer que o Plano Astral é uma sutilização do Plano Físico, que vibra numa frequência bem mais elevada e portanto, mais sutil. Se aqui a luz alcança cerca de 300.000 k/s,astral está velocidade é muitas vezes maior.

As propriedades da matéria do Plano Astral diferem bastante da matéria do Plano Físico. Uma das principais é que não tem força gravitacional. Esta diferença permite aos desencarnados "volitarem" em velocidades variadas e no limite, quando o espírito desencarnado o desejar, na velocidade do pensamento, ou seja, em tempo zero, independente da distância a ser percorrida. Neste caso, o mais apropriado seria dizer que o espírito desmaterializa seu corpo astral onde está e o rematerializa no lugar onde pretende ir.

No Astral existe tecnologias também, mas muito diferentes das tecnologias do Plano Físico. Exemplo: para os espíritos que ainda não estão em condições de volitarem, existem equipamentos em forma de "ônibus especiais" ou "Aerobus" para transportá-los.


O ESPÍRITO NO ESPAÇO

O Espírito está revestido de um invólucro a que chamamos Perispírito. Esse corpo é formado pelo fluido universal terrestre, isto é, pela matéria sob a sua forma primordial. A união entre o corpo e a alma pode ser comparada a uma combinação. Quando essa combinação se desfaz, o que sucede na ocasião da morte, a alma desprende-se com o seu invólucro espiritual, que é indecomponível, pois que é composto pela matéria em sua forma inicial, e conserva as suas propriedades, como o oxigênio que, saindo de uma combinação, nada perdeu de suas afinidades. Nesse estado, o corpo espiritual, segundo a expressão de São Paulo, tem sensações que nos são desconhecida na Terra e que lhe devem propiciar gozos muito superiores aos que experimentamos aqui.

A Ciência ensina-nos que os nossos sentidos apenas nos fazem conhecer ínfima parte da natureza, porém que, além e aquém dos limites impostos às nossas sensações, existem vibrações sutis, em número infinito, que constituem modos de existência de que não podemos formar ideia, por falta de palavras para exprimi-la.

A alma assiste, pois, a espetáculos que não temos meios de descrever: ouve harmonias que nenhum ouvido humano tem apreciado, move-se em completa oposição às condições de viabilidade terrestre. O Espírito libertado das cadeias do corpo não tem mais necessidade de alimentar-se, não se arrasta mais pelo solo: a matéria imponderável de que é formado permite-lhe transportar-se para os mais longínquos lugares com a rapidez do relâmpago, e, segundo o grau do seu adiantamento moral, suas ocupações espirituais afastam-se mais ou menos das preocupações que nutria na Terra. Não se pode mais negar a existência do corpo espiritual, porque experiências diretas permitiram-nos estudar a sua natureza e o seu modo de condensação.

Vimos, nas experiências de Crookes e de Aksakof, esse corpo espiritual ir revestindo aos poucos os caracteres da matéria, e as moldagens mostram-nos que ele é rigorosamente idêntico ao que o Espírito tinha na Terra.

Uma simples analogia pode, senão explicar, ao menos ajudar a compreender o que se dá em tal caso:

a) O perispírito pode ser comparado a um eletroímã;

b) O corpo, ao espectro magnético;


c) A vida, à eletricidade.

Enquanto o fluido elétrico não circula, não há espectro, o eletroímã fica indiferente: eis um estado análogo ao do perispírito no espaço; ele contém, virtualmente, em si, todas as linhas que formam o organismo, mas não as dispõe. Logo que a corrente circula no eletroímã, a limalha acomoda-se, seguindo uma certa ordem, e forma esse desenho a que chamamos espectro magnético; do mesmo modo sucede com o perispírito: sob a influência do fluido vital subtraído ao médium, ele acomoda a matéria, conforme o desenho do organismo, e reproduz o corpo humano, como este era na vida terrena.

O perispírito, se bem que formado de matéria primitiva, é mais ou menos livre de misturas, conforme o mundo habitado pelo Espírito. Essa observação nos conduz ao assinalamento do verdadeiro lugar que ocupamos no Universo.

Uma verdade que a Astronomia hoje tornou vulgar é a de não ser o nosso mundo o centro do Universo; segundo ela, a nossa pequena Terra é um dos planetas mais pobremente dotados do sistema solar. Nada, em seu volume ou na posição da sua eclíptica, da qual resultam as estações, lhe dá o direito de orgulhar-se do lugar que ocupa, e, não muito longe de nós, o planeta Júpiter oferece-nos o exemplo de condições de habitabilidade preferíveis às nossas.

Com esses conhecimentos que fazem das estrelas sóis como o nosso, em cujo redor circulam planetas, caíram os erros seculares dos nossos avós, segundo os quais o inferno achava-se colocado no centro da Terra, e o terceiro céu, aquele aonde foi elevado São Paulo, distava nos confins da criação. Esses dados cosmológicos baseavam-se na ignorância dos teólogos a respeito das verdadeiras proporções do Universo.

Quando a Ciência, com a inexorável lógica dos fatos, abriu aos nossos olhos atônitos e deslumbrados as perspectivas ilimitadas do Infinito, quando a Astronomia projetou o seu telescópio para os espaços siderais, as velhas lendas evaporaram-se ao sopro da realidade. Os mundos que povoam o Universo são terras como a nossa, sobre as quais palpita a vida universal, e o homem moderno ri das pretensões infantis dos nossos antepassados, que quiseram limitar a este imperceptível grão de areia, chamado Terra, as manifestações da força infinita, incriada e eterna, a que se dá o nome de Deus.

Se, porém, o céu não existe no lugar em que o indicavam, para onde foi ele transportado? Em que região do imenso Universo devemos colocar o éden de delícias prometido às almas que cumpriram aqui dignamente a sua missão? Eis o que nenhuma religião indica, e somente o Espiritismo, demonstrando o verdadeiro destino do homem, põe-nos no estado de compreender o progresso indefinito do Espírito, por transmigrações sucessivas. Tomando por ponto de partida os atributos de Deus e a natureza do homem, Allan Kardec mostrou qual devia ser o nosso futuro espiritual. Vamos, resumindo, expor-lhe a teoria.

O homem é composto de Corpo e Espírito; o Espírito é o ser principal, o ser racional e inteligente; o Corpo é o invólucro material que o Espírito reveste temporariamente para o cumprimento da sua missão na Terra e para a execução do trabalho necessário ao seu adiantamento. O corpo, quando gasto, é destruído, mas a alma sobrevive a essa destruição. Em suma, o Espírito é tudo, e a matéria não é mais que um acessório, de modo que a alma, libertada dos laços corporais, entra no espaço, que é a sua verdadeira pátria.

Há, pois, o mundo corporal, composto de Espíritos encarnados, e o mundo espiritual, formado pelos Espíritos desencarnados. Os seres do mundo corporal, em virtude do seu invólucro material, estão presos à Terra ou a outro globo qualquer; o mundo espiritual está por toda parte, ao redor de nós e no espaço; ele é ilimitado. Como o dissemos, em razão da sua natureza fluídica, os seres que o compõem têm um modo de vida particular, dependente do seu organismo imponderável.

Os Espíritos são criados simples e ignorantes, mas com aptidão para adquirirem tudo e progredirem em virtude do seu livre-arbítrio. Pelo progresso, adquirem novos conhecimentos, novas faculdades e, por consequência, novos gozos desconhecidos aos Espíritos inferiores; veem, ouvem, sentem e compreendem o que os Espíritos atrasados não podem ver, ouvir, sentir e compreender. A felicidade está na razão direta do progresso feito; de modo que, de dois Espíritos, um pode não ser tão feliz quanto o outro, unicamente por não ser tão adiantado intelectual e moralmente, sem que tenham necessidade de achar-se cada um em lugar diferente.

Achando-se mesmo ao lado um do outro, pode um estar em trevas, quando tudo é resplandecente ao redor do outro, exatamente como se dá com um cego caminhando ao lado de uma pessoa que vê perfeitamente; um percebe a luz, ao passo que a outra nenhuma impressão tem a esse respeito. Sendo a felicidade dos Espíritos inerente às qualidades que possuem, eles a gozam onde quer que estejam: na superfície da Terra, no meio dos encarnados ou no Espaço.

É fácil compreender que o organismo fluídico seja mais ou menos apto para perceber as sensações, conforme o Espírito for mais ou menos grosseiro. Sabemos que as paixões más viciam o invólucro perispiritual, do mesmo modo que as enfermidades corrompem a carne terrena; visto isso, existe para os seres desencarnados uma recompensa proporcional à soma de virtude que eles adquiriram. 

Na Terra, acontece, muitas vezes, ficarmos cheios de admiração à vista das maravilhosas perspectivas de um radiante ocaso do Sol ou de uma aurora esplêndida; mas, que são esses matizes de luz ao lado das inumeráveis vibrações fluídicas que, sem cessar, se cruzam no espaço e que dão àqueles que as testemunham os mais inefáveis gozos! Uma comparação vulgar fará melhor compreender essa situação:

Se num concerto se acharem dois homens, um deles bom músico, de ouvido educado, o outro sem conhecimentos musicais e de ouvido pouco delicado: o primeiro experimenta uma sensação de agrado, ao passo que o outro fica insensível; porque um compreende e percebe o que nenhuma impressão causa ao outro. O mesmo se dá em relação a todos os gozos dos Espíritos; eles são proporcionais à aptidão que estes têm para senti-los.

O mundo da erraticidade tem por toda parte esplendores e harmonias que os Espíritos inferiores, ainda dominados pela matéria, nem mesmo entreveem, e que somente são acessíveis aos Espíritos purificados.

O Espiritismo ensina que a nossa situação, na vida de além-túmulo, é a resultante do nosso estado moral e dos esforços que fizermos para nos elevarmos no caminho do bem. Podemos trabalhar em nosso adiantamento espiritual, com atividade ou negligência, segundo o nosso desejo, mas também os nossos progressos são apressados ou retardados, e, por consequência, a nossa felicidade aproxima-se ou afasta-se segundo a nossa vontade.

Os Espíritos são os próprios construtores do seu futuro conforme o ensino do Cristo: "A cada um segundo as suas obras." Todo Espírito que ficar demorado em seu progresso somente de si próprio deverá queixar-se, do mesmo modo que aquele que se adiantar tem todo o mérito do seu procedimento: a felicidade que ele conquistou tem por esse fato mais valor aos seus olhos.

A vida normal do Espírito efetua-se no espaço, mas a encarnação opera-se numa das terras que povoam o Infinito; esta é necessária ao seu duplo progresso, moral e intelectual: ao progresso intelectual, pela atividade que ele é obrigado a desenvolver no trabalho; ao progresso moral, pela necessidade que os homens têm uns dos outros. 

A vida social é a pedra de toque das boas e das más qualidades. A bondade, a malvadeza, a doçura, a violência, a benevolência, a caridade, o egoísmo, a avareza, o orgulho, a humildade, a sinceridade, a fraqueza, a lealdade, a má-fé, a hipocrisia, em uma palavra, tudo o que constitui o homem de bem ou o homem perverso tem por móvel ou por incentivo as relações do homem com os seus semelhantes; aquele que vivesse só não teria vícios nem virtudes, porque, se, pelo isolamento, ele se preserva do mal, anula, com isso, o bem. Uma só existência corporal é manifestamente insuficiente para que o Espírito possa adquirir tudo o que lhe falta de bem, e despojar-se de todo o mal que em si exista.

O selvagem, por exemplo, não poderá numa só encarnação atingir o nível moral do europeu mais adiantado. Isso lhe é materialmente impossível. Deverá ele, portanto, ficar eternamente na ignorância e na barbárie, privado dos gozos que só lhe podem vir com o desenvolvimento de suas faculdades? O simples bom senso repele tal suposição, que seria, ao mesmo tempo, a negação da justiça, da bondade de Deus e da lei progressiva da Natureza.


SITE: COMUNIDADE ESPÍRITA


 Pesquisa e EstudoGilberto Kin 







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