CHAVES PARA O AUTOCONHECIMENTO E A CURA
O Estudo do Eu Superior-Parte 1
A chave para a sua vida é descobrir, por si mesmo, a natureza de seu Ser, de uma maneira direta, imediata e impossível de se negar. Quem você é, de verdade. Esta é a chave para você exalar seu último suspiro satisfeito. Ao invés de continuar àvidamente buscando mais uma chance, mais uma coisa, mais uma idéia.
Como isso pode ser difícil? Como pode ser difícil desviar sua atenção de todas as produções da mente, de todas as idéias da mente, de todos os conceitos, de todas as opiniões, de todas as práticas?Retirar sua atenção de todas essas coisas e voltá-la para dentro, para si mesmo.
Não só para o seu “eu superior“, não só para o seu “verdadeiro eu“. Não há dois “eus“, um em busca do outro. Há apenas você mesmo. A sensação cotidiana, mundana, de “mim mesmo“. Isso que é permanente, ao contrário de tudo mais. Isso que jamais se moveu, nunca mudou nem um milésimo, em toda a sua vida.
Como pode ser difícil descobrir o que é permanente?Tudo, toda experiência pode ser préviamente eliminada. A experiência do corpo, do pensamento, da emoção, as experiências de enlêvo, de pesar, de raiva, em suma, tudo que é impermanente. A experiência da consciência oceânica, de bem-aventurança, de consciência divina, de paz,isso pode ser o que você está procurando.
O que você busca é o que é permanente, o que nunca mudou, o que nunca se moveu, o que é absolutamente inevitável. Acordado, adormecido, você está presente. Sempre o mesmo.
Este é o ensinamento mais elevado, que foi sempre mantido em segredo para todos, exceto para aqueles que tivessem vencido os estágios do caminho na tradição em que se encontravam, e que tivessem feito tudo que tinham que fazer. Sómente então lhes era revelado que a única coisa que precisavam fazer era descobrir quem eram.
A EVOLUÇÃO ESPIRITUAL E O EU SUPERIOR
-As iniciações-
1. Conhecer os princípios da matéria, dominá-los e superá-los conscientemente. A primeira iniciação é recebida no momento do nascimento da vida física. A lição básica da primeira iniciação, está relacionada a compreender a vida humana como deve ser vivida, de uma forma saudável e equilibrada. Todos os vícios negativos são abandonados. A adaptação completa ao meio físico é também um pré-requisito fundamental, para a conclusão da primeira iniciação.
2. Eliminação do desejo material, assimilação dos princípios de causa e efeito, reconhecimento do sentimento divino dentro de si, discernimento básico da visão da essência espiritual e material. O recebimento da segunda iniciação é marcada pela fusão com o corpo astral ou emocional. Neste nível, o iniciado passa a controlar melhor as suas próprias emoções e começa a abandonar, pouco a pouco, muitos vínculos materiais que não mais servirão para o seu futuro desenvolvimento ascensional. Nesta fase, uma maior consciência da responsabilidade com o caminho espiritual começa a surgir, bem como o despertar para a necessidade de sentir, intuir e ouvir a voz interior, desligandose assim de tradições, regras e tabus impostos pela sociedade, que antes influenciavam todos os atos e pensamentos de sua vida.
3. Reconhecimento gradativo da presença do Eu Superior, e da voz do Eu Superior falando através da consciência. Domínio completo sobre as leis de formação de pensamentos construtivos e destrutivos. Domínio completo sobre as leis da mente. Necessidade de edificação de bases crísticas na vida cotidiana, nos pensamentos, atitudes, e na forma de conduzir a missão que foi proposta à alma, na atual jornada. É na terceira iniciação que ocorre a fusão com o corpo mental, o que explica de certa forma porque ocorre um maior desenvolvimento do potencial mental. A tendência é que a freqüência cerebral aumente considerávelmente. Os pensamentos tornam-se incrívelmente mais acelerados, e a mente se torna mais eficiente na resolução de problemas complexos da vida cotidiana ou mesmo espiritual.
4. Fusão completa com o Eu Superior. Renúncia completa ao mundo material, caráter, reputação, status social, amigos, dinheiro e ao padrão de vida tradicional. A pessoa não deixa de atuar no mundo físico, mas está completamente desligada e desvinculada de qualquer prisão ao mundo material. A experiência da fusão com o Eu Superior é extremamente importante na caminhada da ascensão. É um dos passos fundamentais para o aprimoramento do discípulo para que possa melhor servir à humanidade, embora muito ainda tenha a adquirir, em termos de conhecimento e sabedoria, para que se torne ascenso e possa deter um conhecimento completo sobre sua própria natureza.
5. A quinta iniciação pode ser considerada um estágio preliminar da ascensão. Quando a Presença Divina consegue penetrar e preencher de Luz os nossos corpos físico, emocional, mental, espiritual e átmico (fusão com o corpo átmico), tal fato pode ser simbolizado como encher plenamente uma taça com o “líquido sagrado” que, podemos dizer, seria o amor, poder, sabedoria, energia e Luz Divina. Quando a taça transborda deste líquido sagrado, é porque, enfim, conseguimos estabelecer na Terra um perfeito receptáculo de energias divinas e sutis. Este receptáculo, podemos dizer, é o próprio Cálice Sagrado. Nenhuma outra forma de energia que não seja amor, pode ser emanada de nossos corpos, que começam gradativamente a se transformar em Corpos de Luz.
6. A ascensão é um acontecimento maravilhoso. No mundo espiritual, acontece uma grande cerimônia com os Mestres Ascensos, onde nos encontramos rodeados por todos eles, bem como por inúmeros seres angelicais e da hoste ascensionada. E neste outro mundo, que na verdade é um estado de consciência, os poderes da consciência se tornariam teóricamente ilimitados. As palavras ganhariam vida e, então, nada mais seria impossível . Tudo aquilo que dissesse, tudo aquilo que fizesse, seria da Vontade da Fonte e se realizaria. Tudo seria perfeitamente puro, e dentro do mais perfeito princípio de amor universal. É uma questão de aprimoramento, de canalizar a mais perfeita forma, todas as energias provenientes da mônada. Este é um processo que perdura até um certo nível antes de adentrar a sétima iniciação.
7. A sétima iniciação está relacionada com o contato com a sexta dimensão, a dimensão da graça divina. Neste ponto, o Ascensionado já adquiriu e tomou plena posse de todas as suas habilidades como mestre de sua própria natureza. É nesta iniciação, em estágios mais avançados, que se torna possível realizar o teletransporte, bilocação, materialização e desmaterialização de tudo aquilo que se necessita, bem como outras inúmeras faculdades. O sentimento de plenitude é total. A luz que o nosso corpo irradia é práticamente perfeita, e gradativamente começa a permear os níveis mais profundos dos corpos físico, astral, mental, espiritual, átmico e monádico, revelando assim, ao discípulo, todos os conhecimentos, talentos e habilidades provenientes de cada um destes planos de consciência, que antes estavam sendo ocultados pelo véu de Maya. Uma característica importante da sétima iniciação é o reconhecimento do verdadeiro significado da graça e da bênção divina. Deste ponto em diante, o Ascensionado evoluirá somente através da graça, e não mais pelo karma. A sétima iniciação é também representada pela ressurreição , a morte definitiva da personalidade para o plano terrestre, a completa libertação da roda de reencarnações, e o renascimento para a luz eterna e infinita da Fonte. A partir deste nível, a única razão pela qual a alma permanece encarnada no corpo físico, é o serviço à humanidade. Não existe mais nenhum aspecto que possa aprisionar a alma ao plano físico, e ela passa a servir exclusivamente aos planos superiores e, sobretudo, à Vontade da Fonte. A sétima iniciação é a última que pode ser conseguida no plano físico. As iniciações posteriores sómente podem ocorrer depois que a alma abandonar o plano físico.
Fonte: Alice Bailey
ALGUNS TÓPICOS PARA A INTRODUÇÃO
1-A Multidimensionalidade.
São várias partes de nós vivendo em lugares diferentes simultaneamente; Assim como o pai criador é multidimensional, pois habita em cada uma de suas expressões criadas à sua imagem e semelhança, isto é, cada ser trazendo dentro de si a centelha divina, cada uma de suas centelhas também se expressa através de outras que também são individualizadas fazendo parte todas de uma só.
2- O foco principal do espírito;
Assim como cada ser é um espírito individualizado todas as nossas multifacetas também o são. O Plenum Cósmico/Deus se expressa através de nós que somos individualidades e ao mesmo tempo somos ele próprio, como cada centelha se expressa através de outras que ao mesmo tempo são individualidades e a própria centelha. Para uma melhor compreensão, Ele lança uma centelha, essa centelha divide-se em várias individualidades que ao fim de todo o processo retorna a uma só expressão e essa retorna à Fonte Criadora, porém sem ter que deixar sua individualidade.
3-Uma alma será plena mesmo que muitas de suas partes ainda estejam na erraticidade;
O Plenum Cósmico/Deus é pleno; Mas ele não o foi sempre? Quando chegarmos a nos unir á Ele novamente, seremos a plenitude amando como ele ama qualquer expressão de vida existente, e seremos a totalidade e a felicidade, pois compreenderemos a vida como energia de luz pulsante, fazendo sempre o trajeto de experiências e conquistas nas expressões individualizadas que formam os universos e o cosmo. Compreenderemos tudo além da ilusão enxergando em outros seres sómente a perfeição com que são criados.
4- Cada centelha unir-se-á novamente àquela da qual se apartou e formarão assim uma única consciência sem perder sua individualidade;
O Plenum Cósmico/Deus já deixou de ser uma individualidade? Nós deixaremos de Ser quando retornarmos a ele? Se assim fosse não haveria nenhum mérito em percorrer o caminho individual em busca do conhecimento na luta árdua de fazer o caminho de volta, pois todos trabalhamos com nossa consciência individualizada tanto como mônadas ou como anjos, assim seremos o que sempre fomos.
5- Somos responsáveis por essas outras partes que seguiram trajetórias diferentes;
Assim como o Plenum Cósmico/Deus nos lançou como individualidades oferecendo a nós o livre arbítrio, para agirmos por nossa própria vontade, também criou leis universais, para que pudesse haver o equilíbrio cósmico, e para que suas centelhas conquistassem o aprendizado sem que se deixassem envolver por equívocos pela eternidade; nós como centelhas fracionadas também, mesmo que inconscientes, vivemos interligadas às nossas frações espalhadas pelo universo, não por termos responsabilidades umas para com as outras, mas por sermos parte da mesma centelha. Assim como tudo na existência faz parte do todo que é Ele, tudo está interligado de uma forma ou outra.
Do eu inferior ao Eu Superior-Passo á passo
Esse passo á passo é um estudo dirigido para acessar o Eu Superior á partir de tópicos a serem estudados e colocados em prática;aqui, temos a jornada do Ser pelo mundo da forma/matéria, das ilusões,das emoções, da mente e da espiritualidade.Podemos ir treinando cada tópico separadamente, ou alguns em conjunto, e só quando estivermos seguros, acrescentaremos mais um e outro, aos poucos e na medida em que os obstáculos são superados;é um exercício para a vida toda, mas muito interessante para o conhecimento do Eu InferiorX Eu Superior, suas diferenças e particularidades.Cada um fará o exercício na sua medida e conforme entende e decide progredir.O livre arbítrio aqui é sumamente respeitado.Bom estudo.
********************************************************************************************************************************************
Objetivo da Vida “Manifestação do Espírito oculto sob os invólucros da matéria com a qual se identifica”
OBSTÁCULOS À NOSSA UNIÃO COM O EU SUPERIOR- O CAMINHO A PERCORRER
O Caminho a Percorrer- Aquilo que é sofrimento para a personalidade é júbilo para o Espírito; A personalidade BÁSICAMENTE é movida por desejos egoístas enquanto o Espírito é movido pelo Amor e pelo Todo; Identificação com a personalidade leva à ilusão da separatividade e apego ao mundo das formas; A identificação EXCESSIVA com a personalidade leva à escravidão dos instintos, desejos e ambições e ao sofrimento por jamais poder satisfazê-los; A única coisa importante em nossa vida, o único escopo para o qual devemos viver e para o qual estamos encarnados é nos tornarmos conscientes e “unos” com nosso Eu Superior;Isso pode ser feito sem abandonarmos o mundo e mesmo sem mudar nossas atividades sociais; A transformação deve ser essencialmente interior, um “deslocamento do nível de consciência” de modo a agirmos nos três mundos em função do objetivo único;Assim, todas as nossas ações, experiências, obrigações e dores se tornam apenas meios para atingirmos a UNIÃO; Tudo em nossa vida se torna uma OPORTUNIDADE DE PROGRESSO ESPIRITUAL;
A repolarização não é fácil já que temos estado muitas vidas polarizados na personalidade, imersos no caleidoscópio do mundo das formas; Assim, como primeiro estratagema, além de refletirmos sobre a verdadeira natureza do Eu, devemos desenvolver uma aspiração afetiva, um profundo desejo de sentir e realizar sua consciência.
Devemos procurar inicialmente sentir, ainda que superficialmente, o que é a vida do Eu Superior, suas qualidades de vibrações; Para isso devemos usar a imaginação criativa, uma verdadeira técnica esotérica.
A reflexão sobre o Eu nos ajuda a nos elevarmos e a mudarmos nossa postura frente ao mundo; Inicialmente é difícil saber “consistir no ser”, já que temos vivido exclusivamente voltados para o mundo exterior das formas, emoções e pensamento.
Emoções e pensamentos, via de regra, ocultam e impedem as atividades do Eu; Então, primeiramente temos que buscar aumentar a frequência com que fazemos pausas para momentos de recolhimento e silêncio a fim de reencontrar nosso centro de consciência.
Assim, o segundo estratagema é: o cultivo de momentos de silêncio; Esses momentos de silêncio não são ainda a meditação, mas uma preparação para ela; Para as pessoas muito absorvidas pela vida cotidiana, mesmo curtos momentos de recolhimento interior são muito difíceis.
Se quisermos que em nós cada ato, cada experiência, cada trabalho, cada sofrimento se transformem em Luz, em Sabedoria, e contribuam para o despertar da nossa consciência espiritual, devemos criar em nós esse “centro de consciência separado”, devemos vibrar num nível mais alto e continuar agindo nos três mundos com o mesmo dinamismo e esforço.
“Esteja à parte numa batalha e, mesmo combatendo, não seja você o guerreiro”….Luz no caminho; Que nosso Eu seja o guia de todas as nossas intenções e ações; Toda essa preparação é necessária para se iniciar no Caminho.
Para aquele que conhece a verdadeira natureza do homem, a inércia não é perdoada; Quem sabe que o homem é um ser essencialmente espiritual deve usar todas as suas forças e meios para, pouco a pouco, construir o Caminho que o levará ao seu verdadeiro EU.
O postulante não pode se limitar a desejar e rezar. Deve estudar, pesquisar, experimentar e querer; Temos que ter ciente que tudo contribui para nossa realização, mesmo quando não estamos conscientes disso.
A dor é sempre um fator de despertar espiritual, e muito eficaz;Sómente quando compreendemos o profundo significado e função da dor humana é que somos capazes de extrair dela todo bem e toda sabedoria que nos oferece.
Quase sempre, o que é sofrimento para a personalidade é júbilo para o Eu e vice-versa; Nosso Eu quer nos conduzir para uma direção e as forças da personalidade para outra, nascendo do atrito dessas duas tendências a DOR.
A personalidade vive imersa na ilusão da separatividade, agarrada ao mundo das formas, escrava dos instintos, desejos e ambições que jamais consegue satisfazer; A dor estimula e desperta o ser humano para a insatisfação da vida sensorial e estimula assim a renúncia às coisas desejadas e adquiridas.
A dor pode parecer piorar os homens, mas, ao longo de muitas vidas, ela torna o homem cada vez mais consciente de seu destino; A dor é como o fogo que separa a parte bruta do metal puro. Sómente com a temperatura adequada é que o processo de transformação se inicia.
Quando a pessoa começa a se tornar consciente da verdadeira finalidade da vida e se propõe a colaborar com a evolução e a reencontrar seu Eu, estímulos vindos de seu interior passam a auxiliar na jornada.
Desse ponto em diante a caminhada se acelera, pois tiramos maior proveito das experiências externas que estimulam ainda mais nosso despertar interno.
RECONHECENDO OS OBSTÁCULOS
No caminho espiritual, para obtermos resultados positivos devemos ser objetivos; Devemos também utilizar nossas tendências naturais e capacidades latentes; Não devemos também adotar objetivos demasiado árduos.
Devemos ainda adequar nossa evolução espiritual ao modo ocidental de vida, voltado para a atividade e a racionalidade; Isso significa viver no mundo, sem abandonar sua luta, sem procurar a evasão, mas sem jamais perder de vista a meta interior e utilizar tudo para sua realização.
Assim, devemos evitar a criação de dois compartimentos separados entre nossa vida pessoal, social, profissional e a nossa vida interior, espiritual; Devemos procurar estabelecer em nós uma contínua “presença”, um estado de consciência destacado da personalidade, que nos permita ver tudo em função de uma só meta: a realização do Divino em nós.
Isso é a “leitura espiritual”, a capacidade de ler aquilo que está escondido por trás dos acontecimentos da vida e das formas objetivas; A leitura espiritual dos acontecimentos da vida objetiva, o decifrar destes como símbolos que escondem a realidade profunda, se desenvolve com a intuição, o que exige que nossa consciência esteja focalizado no Expectador.
Na Índia há quatro métodos de Yoga ou união com o Eu: Karma, Bhakti, Jnana e RajaYoga; Karma Yoga é a via da união com o Eu por meio da ação (plano físico); Bhakti Yoga é a via da devoção ao Divino ou qualquer Ser superior (plano emocional).
Jnana Yoga é a via do conhecimento superior (plano mental); Raja Yoga é a via de união por meio da concentração, da meditação e da contemplação (samadhi).
Os primeiros três yogas são para aqueles ainda inconscientes de sua verdadeira natureza e destino; O Raja Yoga é praticado por aquele que despertou, que conhece a meta e trabalha conscientemente para sua auto-formação.
Aqueles que começam a querer percorrer voluntáriamente o caminho que leva à realização do Eu Superior,deixam de percorrer o caminho mais fácil (mais adequado ao temperamento) e procuram utilizar todos os seus veículos e energias em direção à meta. Iniciam assim o yoga síntese ou PurnaYoga.
As várias fases do desenvolvimento consciente do aspirante espiritual são, segundo Patânjali: 1) Aspiração à realização do Eu 2) Reconhecimento dos obstáculos 3) Compreensão da natureza do que impede nosso desenvolvimento 4) Determinação para eliminar os obstáculos 5) Repentino lampejo ou súbita visão da realidade do Eu 6) Forte determinação de fazer daquela visão uma realidade permanente 7) Batalha final com a personalidade (batalha de Kurukshetra-descrita no Bhagavad Gita)
Fator essencial para iniciar o caminho de união com o Espírito é a Aspiração, o desejo ardente de atingir a meta da vida com todas as nossas energias; Essa aspiração é particularmente fortalecida quando conseguimos alinhas os três princípios da personalidade: ação, emoção e inteligência; A aspiração produz inspiração.
Portanto, é necessário que procuremos ver objetivamente se em nós existe uma verdadeira aspiração; Não podemos iniciar o caminho sem a certeza de triunfar; A reserva de energias, de entusiasmo, de confiança e fervor é essencial para o trabalho.
Assim, devemos acender dentro de nós o ardente fogo da aspiração pura ; Reconhecer os obstáculos e dificuldades que se postam entre nós e a meta é essencial no caminho.
As dificuldades e obstáculos são sempre causados pela personalidade e os veículos que a compõem; Temos que compreender esses obstáculos, mesmo aqueles que não pertencem à presente encarnação. São os samskaras (sementes); Patânjali destacou os obstáculos fundamentais: ignorância, senso de eu, o desejo, o apego e a aversão.
Ignorância ou avidya é a causa de todos os males. É o estado que nos leva a confundir o permanente com o ilusório; Tal ignorância é inerente à natureza humana já que a Mônada, revestida de invólucros, acaba por se identificar com eles e se esquecer de sua verdadeira origem.
Avidya, tendo uma abrangência tão vasta e geral, é a fonte do segundo obstáculo, ou seja, o senso de eu, a identificação do conhecedor com os instrumentos do conhecimento.
O senso de eu é um obstáculo muito duro de superar. A personalidade é uma verdadeira força que se opõe à energia espiritual, engajando uma luta em todos os planos, até sua “rendição” final.
Essa luta é evitada pelo homem até que se dê seu primeiro contato com o Eu e passe a compreender a futilidade e inconsistência da vida na personalidade.
Outro obstáculo no Caminho é o desejo ou paixão, uma tendência extrovertida do espírito para a vida da forma; Esse desejo pode ser o do prazer de um canibal naquilo que come, o amor de um homem por sua família, a admiração de um artista por seu trabalho ou a adoração do devoto .
O desejo compreende desde os mais baixos, ligados às paixões e desejos, até os ligados aos ideais mais elevados; Do ponto de vista do Eu, mesmo os desejos superiores constituem um obstáculo à completa consciência espiritual.
“Parece que o progresso da Alma está nessa passagem de um objeto desejado a outro, até que chega a hora em que a Alma é impelida em direção a si mesma e se encontra só.
Ela exauriu todas as possibilidades de apego e até o instrutor parece tê-la abandonado. Resta então sómente uma Realidade, a realidade espiritual, que é a própria Alma, voltando-se, portanto, o seu desejo para o interior. O desejo pelo mundo exterior exauriu-se e a Alma encontra, assim, o reino de Deus dentro de si” (Patanjali, Sutra Yoga, Livro II, pp 132-33,)
O verdadeiro Caminho para o Plenum Cósmico/ Deus não está fora mas dentro do homem, caminho que se descobre quando se desprende de tudo e compreende a ilusão do mundo objetivo.
O ódio é o sentimento separatista inerente à personalidade, o sentimento oposto àquele natural do Eu, que é o do sentido de unidade; A separação é chamada na “Voz do Silêncio” pois é a causa dos infinitos sofrimentos do homem.
A separatividade produz ódio, aversão, egoísmo, orgulho, espírito de crítica e todas as demais qualidades negativas associadas à falta de amor e fraternidade;Como ainda não temos plena consciência do Eu, em cada um de nós ainda existe certa dose de ódio e incompreensão para com os outros.
O obstáculo da separatividade e do ódio somente poderá ser superado quando o Amor do Eu puder fluir livrementre através de nossos veículos, dando-nos o sentido de união com todos.
O apego é outro obstáculo congênito no homem, pois é o “elemento dominante na manifestação divina” por exprimir a relação entre os dois opostos: Espírito e Matéria; Não podemos nos libertar do apego até que tenhamos encontrado um equilíbrio entre os “pares de opostos” e descoberto o “Caminho estreito como o fio de uma navalha”.
Desejo e apego estão estreitamente ligados e devem ambos ser superados; O completo desprendimento desses obstáculos não ocorre de uma só vez. É gradativo, e vamos continuamente nos desapegando do que é inferior e nos apegando ao que é superior.
Assim, o caminho evolutivo é feito de crises de superação e desapego, seguidas de apego ou aspiração por qualquer coisa mais elevada; Sómente com a consciência da unidade, quando a consciência inferior e superior estiverem unificadas, Espirito e Matéria como uma só coisa, é que o homem estará livre de apego.
Esses são os cinco obstáculos fundamentais, segundo Patanjali, e como são de natureza geral, cada um de nós os sentirá em maior ou menor intensidade; Existem ainda em cada homem outros obstáculos de natureza particular e individual, dependendo de seu grau evolutivo e temperamento.
Cabe a cada um descobrir seus obstáculos particulares, conhecendo a si mesmo; Há obstáculos em nós tão enraizados que se tornam quase irreconhecíveis à nossa consciência;
III INTEGRAÇÃO DA PERSONALIDADE
A personalidade é composta de três veículos ou corpos que devem ser o perfeito reflexo dos três aspectos do Eu:Vontade-Amor-Inteligência; Esses três corpos evoluem e muitas são as diferenças dos graus de desenvolvimentos desses corpos entre os indivíduos.
Nossa personalidade não pode ser chamada de “entidade independente” até que os três veículos pessoais estejam completamente desenvolvidos, formados. integrados e coordenados entre si.
Na personalidade integrada, os três corpos funcionam coordenada e harmonicamente, colaborando entre si para um único fim; Enquanto o senso de identidade pessoal ou consciência do Eu não estiver formado plenamente, os corpos poderão funcionar de maneira independente, como se cada um tivesse vontade própria
Sem ainda uma unidade de consciência pessoal, o homem tem a ânimo multíplice, identificando-se ora com um ora com outro veículo. É presa de seus estados psíquicos ao invés de ser senhor.
Vai numa direção ou noutra conforme prevaleçam os impulsos instintivos (corpo vital), as emoções (corpo astral) ou idéias e formas- pensamento (corpo mental inferior); Sua vontade é frágil e vacila continuamente entre um objeto e outro sem uma meta bem definida.
Sómente com uma meta elevada, com focalização e concentração de forças, pode-se criar a integração dos três veículos pessoais alinhados e coordenados pela vontade; Neste ponto emerge a verdadeira personalidade que conserva uma energia peculiar, uma nota peculiar, uma força independente, que não é a soma das energias dos corpos, e que tem características e qualidades próprias.
Sem meta, sem ideal, não pode existir uma verdadeira personalidade; Sómente a presença do fio integrador fruto de um ideal, de um propósito permite a integração dos veículos pessoais e a formação de uma verdadeira personalidade.
Sómente sob o comando da vontade, com um funcionamento organizado e harmônico, pode a personalidade ser um adequado canal do Eu; A personalidade deve estar preparada para expressar o mais plenamente possível os atributos do Eu – Vontade/Amor/Inteligência.
O contato contínuo da personalidade com o Eu só se dá quando há o alinhamento e integração dos veículos; Não pode haver integração da personalidade quando existem deficiências no desenvolvimento em qualquer dos veículos.
Portanto, para a integração, temos que desenvolver cada lado de nossa personalidade; Há outra série de dificuldades que surgem depois de os três veículos estarem formados e desenvolvidos. São as “cisões”.
Cisão é o contrário de coordenação, colaboração, harmonia e união; Na personalidade podem haver cisões entre um veículo e outro e, às vezes, também no interior de um mesmo veículo.
Essas cisões existem psicologicamente, na consciência do indivíduo; Com a cisão, o indivíduo identifica-se separadamente ora com um ora com outro veículo, ligando-se por completo ao veículo que esteja identificado no momento, seguindo cegamente seus impulsos e obedecendo suas exigências, acreditando estar seguindo a vontade do seu eu.
Ao se identificar com um veículo e depois com outro, o indivíduo pode ser portar como se fosse outra pessoa, pois pode acontecer de os impulsos, qualidades e desejos do segundo corpo ser absolutamente diversos dos do primeiro.
As cisões podem ser tanto superficiais e temporárias quanto profundas e duradouras; É como se no homem florescessem alternadamente duas ou mais personalidades, não só diversas, mas, com frequência, conflitantes.
O indivíduo não é sempre igual a si próprio, não é coerente, não tem uma única fisionomia, mas é multíplice, faccionado; Exemplos: homens de ciência, de mente clara e límpida mas que afetivamente são inseguros e medrosos; pessoas práticas e eficientes profissionalmente mas frágeis e inseguros na vida particular; indivíduos honestos e íntegros na profissão mas que são emocionalmente egoístas cruéis ou cínicos.
Cisões entre os veículos os impede de funcionar coordenada e harmônicamente criando penosas dificuldades e intensos distúrbios; Cisões ocorrem se os Raios que influenciam os três corpos são de naturezas opostas, se o indivíduo não tem vontade diretiva e autodomínio sobre os corpos de sua personalidade ou se não existe o elemento integrador de um ideal, de uma meta a alcançar.
Se um indivíduo estiver assim polarizado: corpo emocional de 2º Raio e corpo mental de 1º Raio, ele terá muita dificuldade para coordenar, harmonizar e integrar o corpo emotivo com o mental porque o 2º e o 1º Raios possuem características quase contrastantes e finalidades quase opostas.
Enquanto estiver propenso a comportamentos amorosos, compreensíveis, inclusivos, construtivos devidos ao raio de seu corpo emocional, será, entretanto, impelido pelo Raio do corpo mental à prepotência, à rigidez, à destrutividade, ao isolamento, como se houvesse duas personalidades distintas aflorando alternadamente conforme sua polarização, no emotivo ou no mental.
A pessoa que tem em sua psiquê qualquer cisão não é normalmente consciente desta, justamente porque não se formou nela aquele senso de auto-observação e de objetividade que emerge quando aparece a consciência do eu pessoal.
Quando o homem se torna senhor dos seus veículos e das energias que os compõem, se torna capaz de servir-se delas para seu objetivo, usando-as de maneira equilibrada e coordenada de modo a cooperarem entre si, sem obstarem entre si. Terá, então, integrado sua personalidade.
A integração da personalidade marca um momento evolutivo importantíssimo para o homem; Ponto importante: nem sempre o desenvolvimento da personalidade é simultâneo e paralelo àquele interior e espiritual, apesar de ser necessário à formação do indivíduo e à sua futura obrigação de Servidor do Plano Divino.
Às vezes podemos encontrar pessoas bem desenvolvidas e que atingiram a integração, mas que nada tem de espiritual; Por outro lado, podemos encontrar indivíduos muito maduros espiritualmente e com personalidades truncadas, imperfeitas e falhas.
Aqueles que atingiram a integração dos veículos pessoais sem ter desenvolvido, mesmo que de maneira primitiva, a intuição espiritual (caso comum nos países ocidentais) encontrar-se-ão diante de muitas dificuldades e a luta a ser travada por seu Eu Superior para conquistar seu instrumento será longa e árdua.
A personalidade integrada, mesmo não sendo o verdadeiro Eu, mas somente um reflexo dele, é uma entidade muito forte, porém separatista, orgulhosa e rebelde; A finalidade do Eu é muito diferente da finalidade da personalidade, uma altruísta, desinteressada e universal e a outra egoísta, interesseira e separatista.
A luta entre o Eu e a personalidade é quase sempre inevitável, pois a última se rebela contra a luz do primeiro, acreditando que “entregar-se” significa seu fim e sua destruição; Este é o drama do homem que se rebela contra aquele que é sua “salvação” ;Mas a personalidade é uma necessidade para o Eu Superior se desenvolver nos planos inferiores. Assim, deve o ser se desenvolver também “estruturalmente”, com seus corpos ou veículos de experiência e de expressão.
O PROBLEMA DA ILUSÃO
A falta de visão, o ofuscamento da consciência, o estado de obscuridade da personalidade é outro obstáculo que se apresenta no Caminho; A ilusão é o estado de consciência natural da personalidade porque ela própria é ilusória e vive no mundo do irreal.
A humanidade inteira é presa desta obscuridade, está envolvida por esse véu que ofusca a consciência;Só quando a Luz do Eu começa a penetrar na mente e a intuição começa a despertar é que a ilusão, em seus vários aspectos, aos poucos se dissolve, diminui e desaparece para dar lugar à revelação e à compreensão da Realidade.
A ilusão deriva da identificação do homem com a forma e com o mundo objetivo; entretanto, ela se encontra em níveis evolutivos bastante altos, pois apresenta-se sob vários aspectos e se introduz na personalidade por vias insidiosas e obscuras.
Nas primeiras fases do Caminho evolutivo, o estado de imersão na ilusão não constitui um problema porque não somente é inevitável, mas, em certo sentido, útil; A identificação do homem com seus veículos lhe dá o impulso para desenvolvê-los.
O homem não está ainda suficientemente maduro para operar sobre os corpos da personalidade; Assim, por longas épocas, o homem, sem conhecer o verdadeiro e profundo significado da obra que está realizando e sem mesmo estar consciente daquilo que está fazendo, constrói os instrumentos que servirá ao seu Eu na realização de seus objetivos.
Sómente no Caminho da Prova (ou da Purificação), começa o homem a desenvolver o discernimento entre o Real e o irreal, o Eu do não-eu, o permanente do transitório; Neste ponto, a imersão na ilusão torna-se um verdadeiro problema e um obstáculo a ser superado porque o homem deseja a Luz e não pode vê-la.
A ilusão tem nome diferente em cada plano: – Plano etérico:“Maya” – Plano astral:“Ofuscamento” – Plano mental:“Ilusão” A ilusão da personalidade integrada chama-se “Guardião do Limiar (ou Umbral)”
MAYA OU ILUSÃO NO PLANO FÍSICO
Maya ou ilusão no plano físico-etérico: o homem crê que seu “eu” é o corpo físico e que o verdadeiro mundo real é aquele percebido pelos cinco sentidos;Maya é o dar excessiva importância a tudo o que é material, às provas físicas, às experiências sensíveis, às sensações.
Em Maya, não sabemos distinguir o material do imaterial, não concebemos coisas além dos cinco sentidos; Sómente quando homem começa a ter consciência da dualidade existente entre ele e as forças, é que descobre a dualidade inicial entre o corpo físico denso e o corpo vital e aprende que o primeiro é o meio de contato no plano físico, o outro o instrumento de contato com as forças internas, com as energias e com os mundos do ser.
Maya torna-se um problema somente quando é reconhecida e nas primeiras fases da evolução; Maya só é experimentada quando se está no Caminho porque ela impede cada passo que damos para a Luz e para a libertação, nos mantém ligados ao mundo das formas e não permite que percebamos a realidade interior.
É nessa fase que damos início às primeiras tentativas sérias de purificação física e em que se efetua a transmutação dos centros inferiores para os centros superiores; Enquanto nossas energias estiverem localizadas nos centros abaixo do diafragma, não poderemos nos libertar de Maya. Somente através da purificação e da transmutação deslocamos as energias para os centros superiores.
Maya será totalmente superada apenas quando o aspirante tiver aprendido a técnica da inspiração, que consiste na substituição das energias do corpo etérico pelas energias anímicas que afluem na meditação; Tal substituição pode ocorrer inconscientemente sempre que o aspirante age com pureza de propósitos.
OFUSCAMENTO OU ILUSÃO NO PLANO ASTRAL
A ilusão no plano mental chama-se “ofuscamento” porque apresenta- se ao clarividente como uma névoa que ofusca a visão; A humanidade em sua quase totalidade é presa do ofuscamento astral.
O corpo astral, quando não coligado ao Eu, produz estados emocionais, sentimentais de caráter pessoal que ofusca a visão, acarretam falsos juízos, influem nas faculdades mentais e fazem o homem submergir, sempre mais profundamente, no mundo da irrealidade.
O corpo emocional deveria ser apenas “o instrumento de sensibilidade” do homem, o límpido refletor do aspecto búdico do Ego, sem possuir uma atividade autônoma, independente; O problema do ofuscamento emocional é, num certo sentido, mais difícil de ser resolvido porque ocupa um campo vasto e indeterminado, sendo de difícil reconhecimento.
O ofuscamento apresenta aspectos positivos que muitas vezes não se apresentam como características a serem superadas ou destruídas, mas como qualidades e virtudes; A afetividade, o sentimentalismo, o “amor” humano, os apegos, a sensibilidade emotiva, a devoção etc. parecem ótimas qualidades mas escondem os mais perigosos estratagemas e mascaram qualidades negativas e personalismos
A característica de quase todas as ilusões (em todos os planos) é a sermos inconscientes delas e de se apresentarem alteradas e camufladas à consciência do indivíduo sob o aspecto de virtudes e qualidades.
Os ofuscamentos emocionais parecem virtudes duramente conquistadas e são difíceis de ser descobertos “por causa das belas colorações que a névoa assume”; Devemos a aprender a discriminar a vibração do corpo astral da vibração do Eu.
Nessa tarefa sómente a mente iluminada pela Mônada pode nos ajudar; A técnica de dissolver o ofuscamento é a iluminação precedida de exercícios formadores de uma sólida e permanente polarização mental.
AS CONSIDERAÇÕES DE RAMANA MAHARISHI SOBRE O AUTOCONHECIMENTO
Ramana Maharishi diz, que esta investigação consiste em usar toda a energia de sua vida para descobrir a verdade do seu ser, em vez de desperdiçá-la em todos os outros objetos nos quais desperdiçamos nossa atenção.
Esta investigação em si mesma não é um meio para um fim. Não há nada que se possa atingir ao se embarcar nela. Ramana Maharshi nos diz que a própria investigação é a auto-realização. É a consciência atenta, alerta e ciente de si mesma como ser eterno.
“Não se pode alcançar a realização. Você é realização. Você não pode alcançá-la nem perdê-la. Ninguém pode lhe dar a realização, nem tirá-la de você. Para você cumprir o objetivo de sua vida, é necessário apenas manter a sua atenção incessantemente voltada para dentro, para “eu”.
Voltada para esse sentido de “mim mesmo” que esteve com você a sua vida inteira. Este sentido de “mim mesmo” que você chama de “eu” ou pelo seu próprio nome. Esta sensação de “mim mesmo“, que é inevitável e inatingível, e que é exatamente a mesma para todos. Para todos.Há duas maneiras de se abordar isto e elas são idênticas. Uma maneira é render-se, que significa neste instante, agora mesmo, neste momento, parar de pensar.
Abandonar todo sentido de si mesmo como um indivíduo. Mas quem é que consegue fazer isso?Não nos cobremos nem vamos nos auto-sabotar.Vamos devagar, aos poucos, cada um no seu ritmo e de acordo com a evolução da Consciência de cada um.
O processo tem de ser feito aos poucos, sem forçar e voluntáriamente, afinal, ainda estamos em um estágio evolutivo inicial, com muitas coisas mentais que nos influenciam, nosso ambiente externo, nossa vida material/emocional/, e tudo tem de ser dosado e equilibrado.
Mas, o movimento inicial deste auto-descobrimento pode ser feito á qualquer momento de nossas vidas, e geralmente ocorre diante das dificuldades exteriores, já que o mundo experencial é a nossa verdadeira escola para atingirmos patamares maiores de Consciência.
A outra maneira é descobrir quem você é. Buscar incessantemente entender a si mesmo. Se parar de pensar, se abandonar todo sentido de si mesmo como um indivíduo, você descobrirá a si mesmo, tal como você é, e podemos conseguir isso, através da meditação diária regular, como uma autocura.
Se concentrarmos toda a nossa energia, todo o nosso talento e intelecto no objetivo de descobrir, direta e imediatamente, a verdade de nossa natureza, nós desaparecemos,mesmo que por breves instantes, porque, na realidade, “você” nunca existiu. Todos somos Um, sempre,no final das contas.”
TRANSIÇÃO PLANETÁRIA E O EU SUPERIOR
Tudo aquilo que não mais é necessário está sendo removido. Principalmente os padrões e os comportamentos de nosso ego, essa nossa parte programada para buscar prazer, evitar dor e assegurar nossa sobrevivência, estão sendo removidos.
Este aspecto do nosso Ser humano não é mais exigido, já que estamos nos unindo com os nossos aspectos superiores.
Saibamos que isto não acontece sem nosso consentimento, pois cada um que passa por este processo veio para cá preparado para ter esta experiência, que é a mudança para o novo modo de ser ; o novo humano na 5ª dimensão, estando totalmente em contato com nosso grupo de alma, nossos aspectos de alma e vivendo a partir da perspectiva do nosso Eu Superior, sabendo a toda hora que nós realmente somos um aspecto do divino.
Simplesmente imaginemos como esta experiência será maravilhosa. Nós sabemos que muitos de nós estamos passando por um tempo de confusão e mudança.
Esta é uma grande mudança que está acontecendo conforme nós liberamos tudo aquilo que não mais nos serve como seres humanos e nos fundimos com tudo aquilo nos tornam um Ser verdadeiramente divino enquanto permanecemos em forma física no planeta. Há algumas coisas que nós podemos fazer para facilitar este processo de fusão com nosso Eu Superior, aspectos de alma e grupo de alma. Eis aqui algumas sugestões:
1. Reservemos um tempo para relembrar as coisas que aconteceram em nossa vida que causaram angústia. Cada trauma que nós experimentamos criaram uma forma de energia e muitas destas energias ainda estão presas em nosso corpo.
Nós podemos ajudar a tirar a energia lembrando-nos dos incidentes e então deixando que a energia que surge dessa lembrança saia do nosso corpo. O propósito da lembrança é abrir o bloco energético e deixar a energia bloqueada dessa emoção fluir para fora do nosso corpo. Isto será feito sentindo as emoções relacionadas a essa ocorrência e deixando a energia emocional fluir.
2. Nós podemos nos conectar com as recordações escrevendo, criando imagens em nossa mente, conversando com alguém ou simplesmente permitindo que a emoção venha à tona.
3. Fazer algum tipo de atividade física pode ajudar também a movimentar a energia. Se a emoção que emerge for raiva, podemos optar por fazer algo físico para liberar, como dar uma caminhar ou qualquer coisa que pareça adequada contanto que não prejudique ninguém.
4. Se os sentimentos que surgem são de tristeza, chorar é muito útil para liberar a energia de nosso corpo. As lágrimas são uma liberação de energia e bem literalmente lavam a tristeza que sentimos.
5. Nós podemos querer criar um ritual para liberar estas lembranças; podemos escrever uma história sobre o que aconteceu para desabafar nossos sentimentos .
6. Nós podemos utilizar a visualização, trazendo à mente a situação e então mudando a imagem dela para expressar o que nós não pudemos dizer, fazer o que nós queríamos fazer ou simplesmente nos retirarmos com segurança da situação e criar uma nova imagem de como nós preferíamos que as coisas tivessem acontecido. Isto também altera a energia.
7. Nós podemos utilizar algum trabalho artístico para expressar a história ou as emoções, novamente para liberar a energia de nosso corpo físico para o papel ou qualquer meio que nós escolhermos utilizar. Fazendo quaisquer destas coisas ou o que nós pudermos criar e que funcione bem para nós, ajudará neste processo de limpeza e acelerará nossa transição e fusão com os aspectos superiores de nosso Eu Superior .
EXERCÍCIO DE MEDITAÇÃO PARA ACESSAR O EU SUPERIOR-~pelo Mestre Ascenso El Morya
Seus compromissos diários nem sempre permitem que vocês se dediquem totalmente à sua Luz interna. Para tal é necessário um tempo mais prolongado de silêncio. Portanto, queridos amigos, procurem arranjar esse tempo para o silêncio no decorrer do seu dia. Somente assim vocês poderão se aproximar de seu EU SOU Divino e perceber sua suave voz. Deveria ser cada vez mais importante para cada um de vocês, buscar a ligação absoluta com seu Eu Divino e permitir uma conexão duradoura.
Vejam-se agora intimamente conectados à corrente luminosa de sua Presença Divina, que flui ao centro do seu coração…, que circula e flui através de seu sistema nervoso, de seu cérebro, para todo o seu corpo, também percorrendo as células de seu corpo etéreo, estreitamente ligado ao corpo físico…, como também são alcançados os corpos sutis com essa Luz… Assim vocês estão unidos e mais intimamente ligados às forças de seu EU SOU…
Se vocês exercitarem isso sempre, se também permitirem a entrada das forças que se elevam em vocês através dos pés e se fundem com as forças de seu EU SOU, vocês constituirão uma unidade na Luz de seu Eu Divino! Em algum momento, este deve se tornar o estado permanente de cada um de vocês. Exercitem cada vez mais, pois seu EU SOU quer lhes dar instruções para seu dia-a-dia, para sua vida, para seus próximos passos, e isso só pode acontecer se vocês estiverem concentrados. Isso será uma constante! E mesmo assim, vocês continuarão cumprindo suas tarefas diárias, mas conscientemente conectados à sua força divina.
Queridos amigos, esse deveria ser seu próximo grande objetivo. Não se trata de utopia, é possível. Muitos alunos da Luz já o comprovaram, e nós também, seus amigos na Luz, tivemos que aprender isso. A vida pode ser tão mais simples se vocês forem guiados por seu EU SOU. Estejam certos de que isso é possível! Vocês podem sempre planejar alguns minutos de silêncio no decorrer do dia, para se ajustarem a essa conexão. Tornar-se-á então um belo hábito.
Meus amigos, sempre exercitem isso, lhes fará bem. Assim será muito difícil ocorrerem enganos em suas vidas, e será tão mais fácil para vocês darem os próximos passos. Esse também é o desejo de seus professores, e nós lhes pedimos para levá-lo a sério – já chegou a hora de vocês aprenderem isso, amados amigos. Estamos sempre presentes durante esses exercícios e tarefas, recorram à nossa ajuda. Nós amamos o trabalho com vocês e estamos frequentemente por perto. Meus amigos, também EU SOU
seu professor, EL MORYA
*****************************************************************************************************************************************
CONCLUSÃO E NOTA DO BLOG
"O Eu Superior, na verdade, não é “nosso Eu”, mas nós é que pertencemos á ele, porque ele é superior. Ou seja, está além de nós na escala evolutiva espiritual.Esse, tão importante personagem, denominado “Eu Superior”, é também conhecido por diversos outros nomes: Divina Presença, Consciência, Mestre Pessoal, Cristo Interno, Eu Sou, Mentor Espiritual, Anjo Guardião, Espírito Santo, etc.. Tudo é a mesma coisa e se refere à mesma energia.Ele é o nosso “Ser Maior”, é a verdadeira Luz que cada um “é” ou “deveria ser”.É por isso que dizemos que cada um é muito mais do que pensa e, um dia, será muito mais do que imagina.O “nosso” Eu Superior realiza atualmente com a humanidade toda uma verdadeira interface energética, pois é ele que prepara o ser humano terrestre para o seu real “nascimento”. O Eu Superior que está em cada um é exatamente a Partícula Crística, a Chama Viva da Conciência Crística que existe em cada um. Somos partes Dele, assim como Ele é parte de nós. Somos apenas UM. Ele é onipresente em cada um de nós e em tudo o que existe, pois se não fosse assim, não haveria vida na Terra. Ele é a Vida que sustenta a própria Vida. Contudo a vida que vivemos na Terra, ainda não é a Vida verdadeira. O que temos aqui, não passa de uma triste “sobrevivência”. A verdadeira Vida começa a partir do próximo estágio, da próxima etapa, depois do “acordar” para essa realidade superior inquestionável.É por isso que o “Eu Superior” (que somos mesmos nós amanhã) está nos preparando para esse SALTO QUÂNTICO da nossa consciência terrestre que não é cônscia de si. Ele precisa levar essa nossa consciência adormecida ao despertar para outras realidades que estão muito além do nosso simplório cotidiano. Mesmo porque, para esse nível de consciência onde atua o nosso Eu Superior, a vida da Terra nem é considerada como Vida e sim como “semi-morte”.Existe um SIGNIFICADO DA VIDA que precisa urgentemente ser conhecido por todos, pois ele é totalmente desconhecido, assim como cada um não conhece a si mesmo.Esse Significado começa a ser desvendado à medida que o Ser “tira as trancas conceituais” da própria mente (conceitos religiosos ultrapassados e escravizantes em dogmas e crenças falsas) e se abre ao entendimento abstrato superior. Ele é altamente transcendente e abrange oitavas superiores existenciais, ou seja, não se restringe aos sentimentos que estão sómente ao nosso alcance na Terra. Sentimentos que estão limitados às condições educacionais, sociais, etc. Na verdade alcança três outros planos superiores dimensionais do nosso próprio ser.Tudo o que acontece em nossa vida na terra tem um propósito. Nada, absolutamente nada está solto. Isso significa que o ACASO não existe. O Eu Superior é a inteligência que nos dirige conforme a necessidade do nosso aprendizado, mesmo que, muitas vezes, ele seja bastante dolorido e sofrido.Não existem castigos divinos. Sempre que há correção, ela vem da nossa própria consciência instintiva que age segundo a Lei da CAUSA E EFEITO, ou LEI DO RETORNO, mas o Eu superior sempre ajusta as energias procurando direcioná-las para o nosso aprendizado, no sentido de NÃO ERRARMOS MAIS.O Eu Superior pertence ao homem terrestre no que também é para ele o seu mais próximo e mais alto mentor espiritual. Assim como pode também e deverá interligar o homem no espaço e, consecutivamente, às suas “partes espirituais” ainda mais superiores, através de “Operações Extraterrenas” que nunca serão iniciadas a partir da humanidade, por sua enorme falta de conhecimentos superiores, de autocontrole e de autodomínio.Quando reencontramos o nosso Eu Superior e aprendemos a mantê-lo em nossas vidas, tudo adquire um novo significado. Nossa visão se amplia, nossos sentidos se refinam, nossas emoções se acalmam, nosso pensamento adquire a clareza cristalina de um lago de águas límpidas e tranquilas. Finalmente nos sentimos em paz, mesmo em meio aos movimentos, muitas vezes caóticos, da vida. É como se encontrássemos um lugar seguro e sempre disponível dentro de nós.
No entanto, como nos mitos que falam de um santuário sagrado escondido no topo de alguma montanha, por mais que existam indicações, acreditar e iniciar essa busca é algo que só cada um de nós pode fazer".
EQUIPE DA LUZ É INVENCÍVEL
*********************************************************************************************************************************************
Bibliografia para consulta
Meditação e Autoconhecimento
De Rose
Autoconhecimento-A Chave para a Mudança
Carlos Roberto da Silva Junior
Caminho do Autoconhecimento
Radha Burnier
A Fascinante Construção do Eu
Augusto Cury
Livros e boletins da Ponte para a Liberdade-Fraternidade Branca
A Busca do Eu Superior
Paul Brunton
Meditation
Paul Brunton
Ramana Maharishi
Harry Krishna
Nota:Biblioteca Virtual
Pesquisa e Estudo: Gilberto Kin
https://www.facebook.com/groups/grupodeestudooamorestanoar/
SOMOS LUZ UNIDADE & PAZ PROFUNDA
Nenhum comentário:
Postar um comentário